Da vida, escolhi a dor,
o amor, o sofrer...
Vivo, sinto e temo.
À cada escolha, uma alegria,
uma tristeza, uma pessoa, muitas delas.
Escolhi viver, sorrir, escolhi você,
escolhi chorar, escolhi o meu eu,
a solidão, sua companhia terna,
escolhi fazer, deixar pra lá, pensar,
esquecer, escolhi o melhor, estar só...
Optei pelo silêncio, pela lua que contemplo sozinho,
esperando o mundo girar, esperando você passar por aqui...
- Blog com conteúdo literário. Textos, poemas, sonetos, odes, desabafos, idéias... leia, compartilhe, comente, critique. Obrigado.
sábado, 31 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Uma dose de lua
Numa fonte distante, água pura e cristalina.
Eu a bebi e saciei minha sede, mas não pude guardá-la
em minhas mãos. Escorreu pelos dedos, mesmo eu tentando
segurá-la. Quis partir de volta a fonte, caindo
de minhas mãos ao solo.
Pergunto-me se retornou às pedras,
de onde jorrava abundante...
Olhei a lua, vi um céu límpido e estrelado.
Algumas nuvens perdidas, engolidas pelas estrelas infindáveis,
dominantes, que a vigiam e a protegem,
em noites claras, nas luas grandes. Na verdade,
encantei-me com a lua, quando procurava nuvens.
Olhei pro céu, pensando na chuva, em poucas gotas
que saciassem minha sede, lavassem minha alma...
Mas lá estava ela, como um sol adormecido a brilhar
no céu noturno. Convidativa, apaixonante, quase sorridente.
Há muito tempo não me sentia só, vazio...
sempre estive assim e como pude não perceber?
Não posso dizer isso com certeza. Tantas coisas pra pensar,
pra fazer, tantas mudanças e incertezas. Estive perdido, estou ainda... Vertendo vidro dos olhos,
rumo a cegueira implacável, absorto à esperar
a chuva, pois já não há caminhos que me levem à fonte... Mas tenho a lua uma noite ou outra,
onde me banho em luz, onde bebe o meu coração, tentando esquecer.
Uma vez mais ressacado de você...
Eu a bebi e saciei minha sede, mas não pude guardá-la
em minhas mãos. Escorreu pelos dedos, mesmo eu tentando
segurá-la. Quis partir de volta a fonte, caindo
de minhas mãos ao solo.
Pergunto-me se retornou às pedras,
de onde jorrava abundante...
Olhei a lua, vi um céu límpido e estrelado.
Algumas nuvens perdidas, engolidas pelas estrelas infindáveis,
dominantes, que a vigiam e a protegem,
em noites claras, nas luas grandes. Na verdade,
encantei-me com a lua, quando procurava nuvens.
Olhei pro céu, pensando na chuva, em poucas gotas
que saciassem minha sede, lavassem minha alma...
Mas lá estava ela, como um sol adormecido a brilhar
no céu noturno. Convidativa, apaixonante, quase sorridente.
Há muito tempo não me sentia só, vazio...
sempre estive assim e como pude não perceber?
Não posso dizer isso com certeza. Tantas coisas pra pensar,
pra fazer, tantas mudanças e incertezas. Estive perdido, estou ainda... Vertendo vidro dos olhos,
rumo a cegueira implacável, absorto à esperar
a chuva, pois já não há caminhos que me levem à fonte... Mas tenho a lua uma noite ou outra,
onde me banho em luz, onde bebe o meu coração, tentando esquecer.
Uma vez mais ressacado de você...
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Coração gelado
Suas palavras, antes aladas,
chegavam inesperadas, transbordando conforto...
Palavras que surgiam calorosas, aquecendo meu peito,
minha alma, meu corpo. Palavras que alcançaram tamanho e presença.
O som dessas palavras vibrou aqui e pude ouvi-las. Passaram e suprimiram qualquer ruído,
deixando um eco quase inaudível... dissiparam-se no ar.
Foram-se trazendo inverno, como as flores que murcham
e não mais perfumam. Veio a neblina.
Meu horizonte encurtou-se, a garoa e o vento
encolheu-me. O frio tomou conta de mim. Inércia.
As cinzas caem sobre o lençol, meus olhos acompanham a queda.
Uma fumaça tímida se eleva e devaneio... Apenas observo e repouso minha face na superfície gélida, imaginando formas, objetos, pessoas... admiráveis, repugnantes, indiferentes. Fantasmas moldados
em acidentes geográficos.
Uma imagem congelada... pela temperatura. Do
tempo, do corpo, da alma...
chegavam inesperadas, transbordando conforto...
Palavras que surgiam calorosas, aquecendo meu peito,
minha alma, meu corpo. Palavras que alcançaram tamanho e presença.
O som dessas palavras vibrou aqui e pude ouvi-las. Passaram e suprimiram qualquer ruído,
deixando um eco quase inaudível... dissiparam-se no ar.
Foram-se trazendo inverno, como as flores que murcham
e não mais perfumam. Veio a neblina.
Meu horizonte encurtou-se, a garoa e o vento
encolheu-me. O frio tomou conta de mim. Inércia.
As cinzas caem sobre o lençol, meus olhos acompanham a queda.
Uma fumaça tímida se eleva e devaneio... Apenas observo e repouso minha face na superfície gélida, imaginando formas, objetos, pessoas... admiráveis, repugnantes, indiferentes. Fantasmas moldados
em acidentes geográficos.
Uma imagem congelada... pela temperatura. Do
tempo, do corpo, da alma...
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