terça-feira, 23 de julho de 2013

Noite fria

     A neblina esconde o caminho,
o frio congela o peito. Às vezes a lua aparece
como mancha luminosa no céu, às vezes...
     Me falta o sono, me sobram pensamentos,
o silêncio ecoa gélido levado pela brisa fria.
     Pelos becos e vielas, uma densa neblina...
ora o vento assovia na rua, outrora na esquina,
uma melodia fúnebre aos desabrigados e aflitos,
sem abrigo, ou amparo.
     Eu vim de lá fechando os bares... um último gole,
último trago... sobre o asfalto molhado e escorragadio,
contando os passos, tocando os bolsos vazios,
desamparado,
desabrigado...