segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Divergência

     Tomado pelo calor ao entardecer, inicio a fotossíntese do meu sentir,
ao canto dos pássaros à aproveitar os últimos raios do sol. Anoiteço aos
poucos a melancolia, que desaparece do meu interior. Cai a noite e vem
as trevas que me rodeiam.
     Mas, nasce à cada noite um sol em meu peito. E sou luz, vida e calor
uma vez mais. Um jardim de novas células desabrocha em meu corpo e
sou tocha ardente à iluminar o caminho que leva ao desconhecido. Me
reúno às almas dançantes que deixaram seus corpos após a penumbra,
num baile de morte à celebrar a vida.

     Findam-se a noite e a escuridão, trazendo luz, dia e trevas ao meu
coração...

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