segunda-feira, 29 de abril de 2013

Um último suspiro

Um amor que não mais transpira,
caminha moribundo,
se vira.
Num grito mudo,
quase não respira.

A flor que naga o pólen,
fruta seca sem néctar,
jardim de urtiga jovem,
um santo sem altar,
amas que revivem e morrem.

Quando da face escorre o pranto,
o coração num nó se aperta,
olhos sem brilho ou encanto,
solidão tem presença certa,
se a boca cala o canto.

Não há certo ou errado,
uma faca de dois gumes;
amar só, não é amar ou ser amado,
não há desejo ou ciúmes
se o amor está acabado.

3 comentários:

  1. “Feliz é o destino da inocente vestal
    Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida
    Brilho eterno de uma mente sem lembranças!
    Toda prece ê ouvida, toda graça se alcança.”
    Alexander Pope

    ResponderExcluir